Itaperuna, 8 de julho de 2025 – Por Raphael
A Terra está passando por um fenômeno inédito nas medições modernas: a sua rotação está acelerando, resultando em dias mais curtos por alguns milissegundos — e amanhã, 9 de julho, poderá ser o dia mais curto já registrado em toda a história.
🕒 O que está acontecendo?
De acordo com observações do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS) e do Observatório Naval dos EUA, o planeta girará entre 1,3 e 1,6 milissegundos mais rápido que o habitual. Isso significa que o dia terá duração de aproximadamente 86.399,3 segundos, alguns milissegundos a menos que os tradicionais 86.400 segundos.
O recorde anterior foi em 5 de julho de 2024, com uma aceleração de 1,66 ms. Agora, 2025 pode superar esse número, consolidando o fenômeno.
📅 Quais dias estão em jogo?
Os especialistas destacam que 9 de julho é o primeiro dia mais curto a ser registrado com esse grau de precisão. Outros dias suspeitos de terem a mesma característica são:
- 22 de julho
- 5 de agosto
Em todos esses casos, a aceleração da rotação deve ficar entre 1,3 ms e 1,5 ms.
🌙 Por que está acontecendo?
As principais hipóteses para essa alteração no ritmo da rotação da Terra são:
- Posição da Lua – Quando ela está próxima dos polos, sua gravidade recalibra a distribuição de massa da Terra, fazendo com que ela gire mais rápido (como um patinador puxando os braços).
- Recalibragem interna – Mudanças no núcleo, manto, terremotos e redistribuição de massas (como o derretimento de geleiras) também influenciam essa variação .
Mesmo assim, os cientistas ainda não conseguem explicar totalmente a causa, pois os modelos atmosféricos e oceânicos existentes não bastam para justificar as mudanças observadas .
⏳ E por que isso importa?
Esses milissegundos podem parecer irrelevantes para nosso cotidiano, mas são cruciais para sistemas que dependem de precisão extrema, como:
- GPS e redes de telecomunicações
- Bolsa de valores, sincronização bancária
- Modelagem científica e astronomia
Para compensar, o IERS já planeja a inserção de um “segundo intercalar negativo”, previsto para 2029 — a primeira vez que esse ajuste será feito — a fim de manter o tempo civil (UTC) alinhado ao tempo solar real.
🔍 Impacto real do fenômeno
Apesar de curioso, o impacto é puramente técnico — não haverá terremotos, mudanças climáticas ou escurecimento de dias. O fenômeno não representa risco biológico ou ambiental .
O geofísico Duncan Agnew, da Scripps Institution of Oceanography, reforça que, embora “não vá causar catástrofe alguma”, o fenômeno revela que estamos vivendo “um período bem incomum para o planeta”
Fonte da Matéria: theguardian
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